terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ópera



   Aquela casa quase de esquina, daquele bairro com praticamente nenhuma gente, quem dirá gente fina; mas que abriga aquela mulher que se tornou minha sina. Ah, corpo esse que me abriga a alma! Devo, com todo o meu eu interior, deixar ir para fora tudo de ruim. Deixar sair de mim. Mas com muita calma. De palavra em palavra, devo esvaziar corpo e mente para tua chegada. Encontro-me à tua espera, meu doce ser. Vem. Contigo quero aprender a ser alguém também. Tão bem e bom quanto posso crer que serei.
As chaves ficam embaixo do tapete. Abre a porta e entra. 
Venha fazer parte de minha ópera, incessantemente ligada no último volume de minha mente com tanto desejo.

Um comentário:

atahc disse...

Insanamente romântico.