domingo, 25 de novembro de 2012

Gritar (Calar pt2)

"Fechei os olhos. Tentei calar o choro, mas tudo o que ele sabe fazer é gritar. Não entendo o que diz. Apenas ouço-o quebrar os vidros da janela toda vez que mostra presença.
Por todos os meus dezoito anos de vida eu me fiz calar. Me calar pras vozes sem som, vozes sem melodia. Pra atitudes sem cores, sem amores. Me calar pro meu próprio choro.
Mas dentro de mim sempre gritava. Sempre grita. Eu grito esperança. Eu grito minha própria melodia, meu próprio amor, minha própria poesia.
Em mais um ano de vida tudo o que desejo é fazer a vida florescer. Crescer em mim para compensar os centímetros que me faltam, mas que são reversos na pessoa que sou. Minha calma reflete na minha personalidade. Personalidade essa que cala e agora, a partir de agora, que serei um novo eu, também gritará. Meu tamanho termina onde as pessoas também terminam de menosprezar ao próximo. E por não haver um término ao menosprezo concreto e real, por ninguém enxergar, saber escutar; sou grande que só. Calo o mundo e grito o bem."



Feliz aniversário.

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