quarta-feira, 2 de novembro de 2011

77

Duas mãos são uma. Uma minha, uma tua. Entrelaçadas, grudadas; juntas.
Tenho cultivado o costume de me embriagar. Teu perfume me deixa zonza, tonta, e vem, vem pra perto. A dor de cabeça some, as letras formando palavras na cabeça também. E só restamos você e eu. 
Ultimamente tem me restado você em todos os cantos. Todos os cantos da cidade, todos os cantos da minha cabeça, todos os cantos no meu abraço. Sobra mesmo muito espaço no abraço, e te deixo preencher essa coisa toda. 
Você ainda tem que precisar muito de mim, mais do que eu já preciso de ti.  Eu ainda tenho que te amar por muitos mais dias por vir, mais do que já amei em 77 dias. E todos à nossa volta dizem, é pouco, guria, é pouco, desencana, gruda não. E grito pra todos seguirem em frente, mas atrás de nós. Porque seguindo eu quero o nós, na frente eu quero tu.
Na frente de todas as minhas vontades, de todos os meus pensamentos, de todos os meus desejos. Na frente.
De todos os meus gritos, de todas as minhas palavras. De toda essa saudade. 
Teu cheiro me deixa calma, meus olhos nem abrem mais. Minha boca deixa escapar sorrisos sem querer, e eu ainda pensei em manter esse jeito frio e incalculável presente.
Você na minha frente, teu perfume em todas as minhas roupas, um travesseiro e um cobertor nos basta.
Com todo o meu amor, você me basta.
E te quero, sempre, todos os dias.

2 comentários:

Crispi. disse...

Lindo! E nada de poucos dias não. Quando a gente gosta, dias são apenas números. Como diz o Caio, queridíssimo: "Eu não quero pensar no que virá: quero pensar no que é. Agora. No que está sendo".

Rhaissa Ramon disse...

EDUARDDA! Minha andressinha tá fazendo bem até pra tua escrita. QUE LINDÃO